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A Conversão do Inconsciente

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​O que, afinal, significa “converter-se” a uma determinada religião? No seio do cristianismo tradicional, conversão tornou-se sinônimo de adesão a uma ética comportamental previamente codificada. O novo convertido aprende a mover-se, a falar e a modular os afetos conforme um padrão moral e bíblico instituído.

 

Essa forma de conversão, contudo, não atinge o âmago da alma — limita-se ao teatro das aparências, uma representação meticulosamente encenada no proscenium da existência, enquanto, nos bastidores — na skēnē — ocultam-se as ações interditadas, os desejos não ditos, os afetos censurados. A religião, assim concebida, instituiu a conversão do corpo: moldou gestos, discursos e expressões visíveis, como se a salvação se operasse por imitação ou repressão. Neste livro, busco demonstrar como essa forma de conversão se revela não apenas superficial, mas profundamente perversa à estrutura psíquica humana.

 

Em lugar de encontrar a fonte dos desejos, encena-se sua negação. Em vez de confrontar a verdade da alma, adapta-se o sujeito à mentira das aparências. A conversão se tornou um simulacro: um comportamento emulativo, desprovido de raiz, sem a travessia que toca o inconsciente — este, sim, a morada do self autêntico, a sede do verdadeiro Eu. Converter-se, então, deixa de ser um ethos — uma forma moral de habitar o mundo — para tornar-se um desnudamento ontológico: a lenta e dolorosa retirada das máscaras, a reconciliação com aquilo que sempre esteve, mas jamais foi visto. É ali, nesse respiro inaugural do ser, que a verdadeira conversão começa.

"Conversão não é tornar-se bom - é suportar a verdade que nos habita."

O que você vai encontrar em "A Conversão do Inconsciente":

  • A desconstrução da "fé de fachada";

  • A infância como espelho do ser;

  • Transgressão como Transcendência, conforme exemplos bíblicos;

  • A complexidade do "Eu" e a ilusão da unidade;

  • Moralidade como hipnose social;

  • A religiosidade como representação teatral.

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